Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), nos primeiros seis meses deste ano, o valor total das parcelas pagas passou de R$ 663 milhões para R$ 805 milhões no período, ou 3,23% do total do mercado. Dinheiro esse que os pais aplicam para assegurarem o pagamento da faculdade dos filhos, para ajudar na compra de um imóvel ou até fazer intercâmbio cultural.
São dois tipos de planos existentes no mercado: o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) e o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). A escolha por um ou outro vai depender se quem contrata faz a declaração do Imposto de Renda no modelo completo ou simplificado.
"No PGBL, é possível abater o Imposto de Renda, limitado a 12% da renda", diz Osvaldo Nascimento, vice-presidente da Fenaprevi.
Caso quem contrata já tenha obtido essa vantagem tributária no seu próprio plano de previdência privada e utilizado o limite de dedução de 12% ou faça a declaração de modo simplificado, deve preferir o VGBL, cujo imposto incide apenas sobre o ganho no momento do resgate.
Quanto mais cedo os pais começarem a investir, melhor. "Caso deixe os recursos aplicados durante 20 anos, ele pode se beneficiar de vantagens tributárias, como a tabela regressiva do Imposto de Renda. Quanto mais tempo deixar o dinheiro aplicado, menos imposto vai pagar. Em dez anos, por exemplo, passará a pagar 10% de IR", explica Álvaro Modernell, educador financeiro e sócio-fundador da Mais Ativos.
A outra forma de tributação - a tabela progressiva - é indicada apenas para quem vai resgatar o dinheiro aplicado no curto prazo.
Na hora de escolher o plano, é possível também escolher se seu rendimento será baseado apenas em aplicações em renda fixa ou também se irá incluir renda variável, que pode representar até 49% do total. O ideal é que seja composto de 30% a 40% de aplicações em renda variável.
"Essa porcentagem (de 30% a 40%) permite ganhos maiores. Caso o plano tenha apenas como base a renda fixa, pode render em torno de 10% ao ano, com a taxa básica de juros (Selic) em 12%. Caso agregue renda variável, em um período de dez anos esse rendimento pode dobrar. Deve-se olhar no longo prazo, pois em determinado ano a renda variável pode significar um rendimento negativo ", diz Nascimento, numa referência ao momento atual da Bolsa de Valores, que acumula perdas este ano.
A composição de renda fixa ou mista torna seu rendimento semelhante a fundos desse tipo no mercado, e maior do que o da caderneta de poupança, cujo ganho médio é de 6% ao ano.
Como a aplicação geralmente é de longo prazo, na hora de escolher é recomendável optar por uma instituição financeira sólida e que cobre taxas menores. Apesar dos produtos disponíveis no mercado oferecerem a possibilidade de pagamento em parcelas menores, Nascimento recomenda que ela seja de R$ 100 por mês. "Com este montante, é possível formar poupança significativa."
Fonte: O Estado de S. Paulo
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