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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Previdência para jovens é produto em alta no mercado

Cada vez mais, pais interessados em fazer um ‘pé de meia’ para os filhos têm aderido aos planos de previdência privada. Essa modalidade de investimento registrou no primeiro semestre deste ano avanço de 21,4% ante o mesmo período de 2010, aumento maior do que o do segmento empresarial (21,26%), por exemplo. E o custo para garantir recursos para o futuro dos pequenos parte de R$ 25 por mês.

Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), nos primeiros seis meses deste ano, o valor total das parcelas pagas passou de R$ 663 milhões para R$ 805 milhões no período, ou 3,23% do total do mercado. Dinheiro esse que os pais aplicam para assegurarem o pagamento da faculdade dos filhos, para ajudar na compra de um imóvel ou até fazer intercâmbio cultural.

São dois tipos de planos existentes no mercado: o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) e o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). A escolha por um ou outro vai depender se quem contrata faz a declaração do Imposto de Renda no modelo completo ou simplificado.

"No PGBL, é possível abater o Imposto de Renda, limitado a 12% da renda", diz Osvaldo Nascimento, vice-presidente da Fenaprevi.

Caso quem contrata já tenha obtido essa vantagem tributária no seu próprio plano de previdência privada e utilizado o limite de dedução de 12% ou faça a declaração de modo simplificado, deve preferir o VGBL, cujo imposto incide apenas sobre o ganho no momento do resgate.

Quanto mais cedo os pais começarem a investir, melhor. "Caso deixe os recursos aplicados durante 20 anos, ele pode se beneficiar de vantagens tributárias, como a tabela regressiva do Imposto de Renda. Quanto mais tempo deixar o dinheiro aplicado, menos imposto vai pagar. Em dez anos, por exemplo, passará a pagar 10% de IR", explica Álvaro Modernell, educador financeiro e sócio-fundador da Mais Ativos.

A outra forma de tributação - a tabela progressiva - é indicada apenas para quem vai resgatar o dinheiro aplicado no curto prazo.

Na hora de escolher o plano, é possível também escolher se seu rendimento será baseado apenas em aplicações em renda fixa ou também se irá incluir renda variável, que pode representar até 49% do total. O ideal é que seja composto de 30% a 40% de aplicações em renda variável.

"Essa porcentagem (de 30% a 40%) permite ganhos maiores. Caso o plano tenha apenas como base a renda fixa, pode render em torno de 10% ao ano, com a taxa básica de juros (Selic) em 12%. Caso agregue renda variável, em um período de dez anos esse rendimento pode dobrar. Deve-se olhar no longo prazo, pois em determinado ano a renda variável pode significar um rendimento negativo ", diz Nascimento, numa referência ao momento atual da Bolsa de Valores, que acumula perdas este ano.

A composição de renda fixa ou mista torna seu rendimento semelhante a fundos desse tipo no mercado, e maior do que o da caderneta de poupança, cujo ganho médio é de 6% ao ano.
Como a aplicação geralmente é de longo prazo, na hora de escolher é recomendável optar por uma instituição financeira sólida e que cobre taxas menores. Apesar dos produtos disponíveis no mercado oferecerem a possibilidade de pagamento em parcelas menores, Nascimento recomenda que ela seja de R$ 100 por mês. "Com este montante, é possível formar poupança significativa." 

Fonte: O Estado de S. Paulo

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