O profissional que atua em logística desvenda os caminhos do transporte e do armazenamento de produtos de forma econômica e segura para as empresas. Seu principal objetivo é reduzir custos e trazer agilidade ao transporte de produtos e pessoas. Segundo especialistas, é uma das profissões do futuro. O tema vem sendo discutido por estudantes de toda região no 5º Desafio de Redação, concurso literário promovido pelo Diário.
Ricardo Molitzaz, 50 anos, trabalha no setor há 30. "Queria ser bombeiro quando era criança." Aos 17 anos, Molitzaz quis ser dentista. Inscreveu-se em vestibulares para odontologia, mas como tinha amigos que pretendiam fazer engenharia, resolveu tentar também. "Na verdade, não sabia o que queria. Ingressei na engenharia e me esqueci do sonho de ser dentista."
Ainda na faculdade, Molitzaz começou a trabalhar em multinacional norte-americana na área de navegação. "Não conhecia nada do setor. Tudo o que sabia de navios era que eles passavam no mar do Guarujá enquanto eu surfava." Mas ele falava inglês, o que era um grande diferencial para a época, e foi ali que começou a se apaixonar pela profissão.
Molitzaz largou a faculdade de engenharia, mas aos 32 anos e já como diretor de logística de uma grande empresa, resolveu que deveria fazer graduação. "Fiz Direito e depois MBA em Logística Empresarial."
A multiformação trouxe visão diferente da vida e do trabalho. "A logística está em tudo. Quando você acorda de manhã e toma banho antes de vestir a roupa, escolhe a logística do seu dia. É assim com tudo na vida, inclusive com as empresas."
Os salários no setor variam muito. Na indústria automobilística, por exemplo, os ganhos iniciais podem chegar a R$ 2.700. Já na área portuária, o valor é mais baixo: R$ 1.500.
Rafael José Ferreira Giuliani, 23 anos, formou-se tecnólogo em logística em 2009. Fez curso técnico antes de ingressar na graduação, motivado pelo trabalho. "Não sabia que fazia logística, só depois foram me explicar."
Hoje Giuliani atua em empresa de transporte aéreo. Iniciou a carreira coordenando os processos de importação e exportação de turbinas de aeronaves. Hoje, como analista de compras, é responsável por contratar fretes internacionais. "Inglês é essencial e, se possível, é interessante conhecer outros idiomas."
Para quem quer se arriscar na área, a dica é estudar bastante e ter pique. Segundo Molitzaz, o trabalho se estende a fins de semana e feriados. "O transporte acontece a qualquer hora e precisamos acompanhar", resumiu.
Fonte: Diário do Grande ABC
Nenhum comentário:
Postar um comentário