Segundo a Associação
Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos (Abese), o mercado brasileiro
de segurança eletrônica deverá atingir até o final do ano uma meta de US$ 2
bilhões. Um dos fatores que contribuem para esse crescimento é a intensa
procura por câmeras de vigilância. No entanto, estes equipamentos são mal
distribuídos pelo país. Cerca de 53% das câmeras estão concentradas no Sudeste,
22% no Sul, 12% no Centro-Oeste, 9% no Nordeste e somente 4% na região Norte.
Apesar da
desigualdade regional, na última década o setor cresceu no Brasil em um ritmo
de 13% ao ano. Com isso, a tecnologia tem contribuído para o desenvolvimento de
novos sistemas mais sofisticados e modernos. As câmeras do passado, por
exemplo, eram apenas dispositivos para capturar imagens e não influenciavam os
sistemas aos quais eram empregadas.
Hoje, os
“olhos eletrônicos” auxiliam os gravadores com o armazenamento de dados,
realizam análises sobre a imagem em tempo real e podem enviar notificações e
configurações de como deverão ser transmitidas e gravadas essas imagens. As
câmeras atuais possuem detecção de movimento integrado, mecanismos inteligentes
para detecção de áudio, rastreamento de pessoas ou veículos e contagem,
utilizando os algoritmos e protocolos de segurança de rede avançados.
Atualmente,
as câmeras também são capazes de funcionar como um servidor de imagens,
gravando-as localmente (através de um cartão SD ou usando HD em estado sólido)
e processando análises complexas para envio à central de monitoramento. Além
disso, elas permitem a obtenção das imagens em alta resolução, com métodos de
compressão para permitir o tráfego dessas informações sem impactar a rede das
empresas.
Para Simão
Fernandes, gerente de produto da G4S, multinacional de segurança privada, as
principais tendências para tecnologias em câmeras de segurança são a migração
para sistemas puramente IP, usando imagens com resoluções Full HD e novos
padrões de compactação que utilizem menor espaço para gravação em disco, além de
maior compactação de pacotes para transmissão via rede. “A análise
comportamental será aperfeiçoada com a possibilidade de reconhecimento facial,
utilizando apenas uma câmera”.
Até 2014
espera-se que o uso das câmeras de monitoramento eletrônico seja duplicado, com
o objetivo de reforçar a segurança no país com a aproximação dos grandes
eventos esportivos. Além dos estádios, os hotéis, prédios públicos e ruas devem
ter maior controle. Só em São Paulo, que hoje conta com mais de um milhão de
câmeras, o equivalente a uma para cada 10 habitantes, nos próximos três anos
terá uma câmera para cada cinco habitantes, segundo estimativas da Abese.
Fonte:
MetaAnálise
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