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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Torne-se um aluno preparado para o século 21


Nem tudo continua igual na escola de ontem e de hoje: nos últimos anos, por exemplo, a tabela periódica ficou maior, com o reconhecimento de novos elementos químicos. Da mesma forma, o currículo de português foi atualizado depois que a língua ganhou outras regras de ortografia.

 A necessidade de mu­­danças, no entanto, não se limita aos conteúdos específicos das disciplinas. Se­­gundo estudiosos da educação, os estudantes do século 21 precisam desenvolver competências e habilidades que não eram tão importantes há 50 anos, mas que hoje são essenciais. “Essa noção de que a escola tem o dever de transmitir um conjunto organizado de informações e conhecimentos que vão durar para o resto da vida não se sustenta mais.

O que os estudantes precisam em termos de educação é mais do que sentar e ouvir o professor discorrer sobre Matemática, Física ou Biologia. Hoje nós temos na ponta dos dedos qualquer informação que desejamos e há outras competências que os estudantes precisam absorver”, afirma Eduardo Chaves, que durante mais de 30 anos foi professor de Filosofia da Educação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Além do conhecimento formal, os estudantes devem ter capacidade de: questionamento, comunicação oral e escrita, empreendedorismo, trabalho em equipe e controle emocional.

Empreendedorismo
Um bom exemplo é a importância do empreendedorismo, aqui entendido tanto como a capacidade de abrir o próprio negócio quanto de inovar, de “fazer diferente”. O estudante do século 21 precisa  chegar ao mercado de trabalho consciente de que ter um diploma não é garantia de colocação com carteira assinada. Cada vez mais as pessoas têm de encontrar um jeito de sobreviver sem contar com um emprego fixo, com registro em carteira, que garanta o seu sustento ao longo de 35 ou 40 anos.

Trabalho em equipe
Com a globalização, as pessoas lidam com pessoas de culturas variadas e se confrontam com diferenças muito mais expressivas do que há 50 anos. Por isso, desde a escola, é necessário aprender a conviver de perto com opiniões diversas. “O estudante não deve ver as diferenças como desvantagem ou como inferioridade, mas como riqueza do mundo. É importante conviver, sobretudo diante da diversidade”, afirma Pedro Demo. Na convivência com o outro, também é importante ter inteligência emocional, ou seja, capacidade de se relacionar bem com as outras pessoas e controlar os próprios sentimentos para não explodir nos momentos mais difíceis. 

Comunicação
Para trabalhar com outras pessoas, o estudante deve saber se expressar bem. É essencial que ele consiga argumentar e se expor publicamente, porém, somente colocar os alunos para apresentar trabalhos diante da turma não é suficiente para desenvolver essa habilidade. Uma saída interessante, seria oferecer aulas específicas de oratória.

Atitude investigativa
O padrão autoritário de ensino já não tem espaço na escola do século 21. Como o conhecimento hoje é extremamente mutante, pelo próprio avanço da ciência e pela facilidade de trocar informações, o professor precisa desenvolver no aluno a capacidade de pensar por conta própria e de pesquisar. O que importa é produzir conhecimento e não transmitir informações, pois para isso basta a internet. O papel do professor é manter o aluno pesquisando, além de incluir a pesquisa como parte do método de aprendizagem, a escola deve respeitar o conhecimento do aluno, permitindo e incentivando o questionamento.

Créditos:  Marcela Campos e Comunicação Fatej

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