O fator previdenciário não cumpriu o objetivo para o qual foi instituído, que era de fazer com que os trabalhadores se aposentassem mais tarde. A declaração foi feita pelo secretário de Política de Previdência Social do Ministério da Previdência, Leonardo Rolim, durante audiência pública na última terça-feira (29), na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.
Segundo Rolim, a media só serviu para diminuir o valor dos benefícios. O secretário ainda lembrou que a Previdência Social urbana vem apresentando superávit, mas que esse desempenho não se manterá no futuro, por causa do envelhecimento da população.
“Precisamos pensar na sustentabilidade do sistema. Não consideramos o fator previdenciário uma política pública boa; ela é ruim para o país e ruim para o trabalhador”, argumentou o secretário.
Fator previdenciário
O fator previdenciário é uma fórmula que, teoricamente, retarda as aposentadorias. Quer dizer, quanto mais cedo o trabalhador se aposentar, menor é o valor do benefício.
A audiência desta terça discutiu alternativas para o fator previdenciário. Segundo Rolim, ainda não há uma proposta fechada do governo como alternativa ao fator e, por isso, é necessário discutir o assunto com a sociedade.
Com relação aos benefícios com valor superior a um salário mínimo, Rolim mostrou que, a cada 1% de aumento real, o impacto das contas previdenciárias é de R$ 1,3 bilhão. Com a sugestão de 6% de aumento para o próximo ano, o impacto será de R$ 8 bilhões.
Fonte: Bol Noticias
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